Reflexão no mês | Se eu fosse um livro seria incompleto, com muitas páginas em branco, ainda por escrever. Um livro aberto para ser escrito a várias mãos, onde todos são convidados a escrever, a comentar, a sublinhar, a riscar… Teria o tamanho ideal para ir para todo o lado, em qualquer altura. Para inspirar, motivar e consolar nos momentos cinzentos. Para sonhar, viajar e abraçar nos dias coloridos. Seria um livro repleto de desenhos, daqueles que fazem crescer a imaginação de pequenos e graúdos, desenhos que dizem o que as palavras não conseguem e são apreciados pelos afetos de cada um. Estaria cheio de memórias, estórias e histórias contadas por um avô, à volta da lareira, numa aldeia transmontana. Porque o aconchego da voz quente do avô nos lembra de quem somos. Em todas as páginas terminadas em 2 (12, 22, 32…) haveria fotografias a preto e branco coladas com fita-cola de papel e espaços com molduras vazias à espera de outras; as fotografias são bons auxiliares de memória, apanham momentos únicos que não se voltam a repetir. No fim, depois das páginas em branco lá para a página trezentos e tal viriam outras tantas com referências a outros livros e autores, pois nenhum livro se faz sozinho nem do nada. Os agradecimentos cresceriam sempre que alguém pegasse no livro com carinho e não o deixasse esquecido, fechado numa gaveta. |
Serviços |
|